Carrefour lança programa (mundial?) para comer melhor.
Mais uma tendência de mudança do comportamento dos consumidores está direcionando uma mudança nos supermercados: a de saúde, neste caso, de se alimentar melhor, com produtos mais saudáveis. São derivados desta tendência o consumo de produtos naturais, orgânicos, frescos e comidas prontas no local, por exemplo.
Nesta linha e atento à estas mudanças, o Carrefour está lançando um programa mundial com ações concretas para oferecer alimentação mais saudável, o programa Act for food, definindo ações concretas para comer melhor.
Na França, foram definidas dez ações:
Garantir a alimentação orgânica acessível (na França, a alimentação Bio, produzida localmente), para reduzir a pegada ecológica e participar do dinamismo local;
Suprimir 100 substâncias de seus produtos, para receitas mais saudáveis e melhorar a alimentação;
Suprimir a utilização de pesticidas químicos em seus produtos, com o objetivo de respeitar o ambiente e a saúde de todos;
Suprimir os antibióticos nos produtos animais, com o objetivo de preservar a saúde dos animais e das pessoas;
Agir para pesca e aquacultura (ou aquicultura – cultivar peixes, crustáceos, frutos do mar) responsáveis;
Suprimir os OGM (organismo geneticamente modificado) dos produtos Carrefour e da alimentação dos animais para consumo;
Dobrar a linha de produtos vegetarianos em 2019;
Vender frutas e legumes de sementes camponesas (são sementes que estavam proibidas de vender na França e na Europa, que por este motivo limitava a expansão destas culturas). É uma ação local para preservação da biodiversidade.
Generalizar a Bolckchain. Esta é uma tecnologia com informações protegidas que contém o histórico dos produtos (produtor, transformador, distribuidor). Resumido, são as informações de origem dos produtos confiáveis.
Acompanhar a conversão de 500 agricultores para orgânico, dar suporte para garantir volume e preço.
Apesar de dizer que se trata de um programa mundial, o site do grupo ( https://actforfood.carrefour.fr/nos-actions ) só cita ações para França, Espanha, Argentina e China. Seria interessante saber por que o Brasil, onde o Carrefour é líder, ficou de fora desta.
As ações são diferentes nos países, o que é normal, já que necessidades, características culturais, de meio ambiente, de cultivo, prioridades, etc., são diferentes nos diversos países. Na França são mais ações, o que também tem lógica, já que o desenvolvimento fica mais facilitado em seus domínios e depois a expertise adquirida pode ser implementada em outros locais com mais facilidade.
A iniciativa é muito boa, pois visa melhorar a oferta de produtos saudáveis, e, além disso, a concorrência deve começar a se mexer, e, então, quem sabe, um deles (inclusive local) resolve iniciar este movimento com amplitude e determinação por aqui também.
ALAIN WINANDY - CONSULTORIA E TREINAMENTOS DE GESTÃO - DIREITOS RESERVADOS